O LIVRO

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domingo, 6 de setembro de 2015

Nossa História - BRASIL PÓS INDEPENDÊNCIA - A PRIMEIRA DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA


Na gravura inglesa de 1849, navio negreiro brasileiro é interceptado por embarcação inglesa no Atlântico 


Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.

Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

 Em 1826, a Inglaterra, em troca do empréstimo e do apoio prestados, conseguiu, junto a D. Pedro I, renovação dos tratados de 1810 por mais 15 anos. A baixa tributação sobre as mercadorias inglesas propiciou à coroa inglesa do domínio sobre o comércio brasileiro. Por outro lado, o baixo preço das mercadorias importadas inviabilizava o desenvolvimento da produção industrial local, além de provocar crescente déficit na balança comercial brasileira. Como consequência, a necessidade de frequentes empréstimos fazia aumentar cada vez mais a dívida e a dependência econômica do Brasil em relação à Inglaterra, a grande potência da época.  Ah, com a renovação deste tratado, Brasil se comprometeu a acabar com o tráfico de escravos em 4 anos, o que não aconteceu. pois a abolição dos escravos, sendo que o Brasil foi o último o país a reconhecer a libertação da escravatura se deu em 1888.... mas esta é outra história.

Nossa História: A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - 7 de Setembro de 1822





A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira.

Dia do Fico

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."


O processo de independência

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.

O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.

Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.

fonte: SuaPesquisa.com




CORDEL INFANTIL SOBE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

“O Brasil fazia parte

do reinado português

Isso foi há muito tempo

imaginem só, vocês…



Portugal nos explorava

levava nossas riquezas

pra suprir necessidades

vindas lá da realeza



Nossa aristocracia

começou um movimento

pra livrar nosso Brasil

do imposto sofrimento



Nosso príncipe regente

o D. Pedro, tão famoso

quis romper com Portugal

tendo sido corajoso!



No riacho Ipiranga

deu um grito muito forte

levantando sua espada:

“Independência ou Morte!”



E então estava feito

o Brasil virou nação

e D. Pedro virou  rei

depois da coroação!



Foi em 7 de setembro

que D. Pedro declarou

o Brasil independente

e a história perdurou



Por isso comemoramos

exaltando o Brasil

viva o nosso país

nossa pátria mãe gentil!”


Mariane Bigio, setembro de 2012.




sexta-feira, 4 de setembro de 2015

JOEL RUFINO DOS SANTOS: ESCRITOR, PROFESSOR E HISTORIADOR BRASILEIRO



Joel Rufino dos Santos (Rio de Janeiro, 1941 - Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2015) filho de pernambucanos, foi um historiador, professor e escritor brasileiro , tendo sido um dos nomes de referência sobre o estudo da cultura africana no país.

Nascido no bairro de Cascadura, cresceu apreciando a leitura de histórias em quadrinhos. Desde criança se encantava com as histórias que a sua avó Maria lhe contava e as passagens da Bíblia que ouvia. Junto com os gibis, que lia escondido de sua mãe, esse foi o tripé da paixão literária do futuro fazedor de histórias. Seu pai também teve um papel nessa formação, presentando-o com livros que Joel guardava em um caixote.

Em suas próprias palavras:

"Como tantos escritores eu tive alguém, na infância, que me viciou em histórias. Lia gibis escondido, o que, possivelmente, ampliou o seu fascínio. E a Bíblia, ao invés de tomá-la como livro sagrado, tomei-a como livro maravilhoso de histórias, e como manual de estilo. Tudo se passou em Cascadura e Tomás Coelho, subúrbios antigos do Rio, onde se pode ser feliz ou infeliz como em qualquer lugar.".
Ainda em suas palavras, sobre as obras importantes na sua formação:

"Filho nativo, de Richard Wright; Casa Grande & senzala, de Gilberto Freire; O Ateneu, de Raul Pompéia; Terras do Sem-Fim, de Jorge Amado; O escravo, de Hall Caine; O tempo e o vento, de Érico Veríssimo; o Manifesto comunista, de Marx e Engels… A lista é comprida. O decisivo não é o livro em si, mas a altura da vida em que você o lê. Esses foram os do começo da minha juventude."
Ainda jovem, mudou-se com a família para o bairro da Glória e pouco depois entrou para o curso de História da antiga Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, onde começou a sua carreira de professor, dando aula no cursinho pré-vestibular do grêmio da Faculdade.
Convidado pelo historiador Nelson Werneck Sodré  para ser seu assistente no Instituto Superior de Estudos Brasileiros ( ISEB ), lá conviveu com grandes pensadores, e foi um dos co-autores da História Nova do Brasil, um marco da historiografia brasileira.
Com o golpe de 1964, Joel, por sua militância política, precisou sair do Brasil, asilando-se na Bolívia, depois no Chile. Com o exílio, não só interrompeu a sua vida acadêmica, como também não participou do nascimento do seu primeiro filho, que se chama Nelson em homenagem ao seu mestre e amigo.

Voltando ao Brasil, viveu semi-clandestino, e foi preso 3 vezes. Na última , cumpriu pena no Presídio do Hipódromo ( 1972-1974 ). As cartas, muitas, que escreveu para Nelson, foram, mais tarde, publicadas no livro “Quando eu voltei, tive uma surpresa”, considerado o melhor do ano(2000 ) para jovens leitores.

Com a aprovação da Lei da Anistia, foi re-integrado ao Ministério da Educação e convidado a dar aulas na graduação da Faculdade de Letras e posteriormente na pós-graduação da Escola de Comunicação, UFRJ. Obteve, da Universidade, os títulos de “ Notório Saber e Alta Qualificação em História” e “ Doutor em Comunicação e Cultura”.  Recebeu também,  do Ministério da Cultura, a comenda da Ordem do Rio Branco, por seu trabalho pela cultura brasileira.
Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde lecionou Literatura, como escritor tem extensa obra publicada: livros infantis, didáticos, paradidáticos e outros. Trabalhou como colaborador nas minisséries Abolição, de Walter Avancini, transmitida pela TV Globo (22 a 25 de novembro de 1988) e República (de 14 a 17 de novembro de 1989). Além disso, já ganhou diversas vezes o Prêmio Jabuti de Literatura, o mais importante no país.


Como escritor, Joel é plural. Escreveu inúmeros livros para crianças, jovens e adultos. Ficção e não ficção. Ensaios, artigos , participação em coletâneas. Recebeu, como autor de livros para crianças e jovens, vários prêmios, tendo sido finalista do Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil.

Joel  é casado com Teresa Garbayo dos Santos, autora do livro “Conversando com casais grávidos”. Nelson e Juliana são os seus filhos. Eduardo, Raphael, Isabel e Victoria, os netos queridos.

Joel Rufino dos Santos faleceu em 4 de Setembro de 2015, após complicações causadas por uma cirurgia cardíaca.

Quer saber mais sobre o Joel ? Ele também foi :



       Pesquisador do Instituto de Estudos da Religião (ISER)

       Diretor do Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro.

 Presidente da Fundação Cultural Palmares (MINC).

 Membro do Conselho   da Secretaria estadual de Cultura –

 Superintendente de Cultura da Secretaria estadual de Cultura

 Subsecretário da Secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos.

 Diretor de Comunicação Social do Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional do  Trabalho

             Representante do Brasil no Comitê Científico Internacional da UNESCO para o

             Programa “ Rota dos Escravos “

             Consultor brasileiro do Programa Escolas Associadas, da UNESCO.

             Membro da Comissão de Comunicação Institucional do Tribunal de Justiça.

Saiba mais: http://www.joelrufinodossantos.com.br/paginas/index.asp