O Dia Internacional da Língua Portuguesa e da Cultura é comemorado anualmente em 5 de maio entre os países lusófonos.
Esta data celebra a importância cultura e histórica da língua portuguesa para toda a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)
Durante esta data, os países que formam a CPLP promovem eventos especiais na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Vamos conhecer um pouco da história da língua portuguesa.
HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Nossa língua é formada a partir de várias outras: as dos povos iberos e celtas, que viveram onde hoje é Portugal: o latim (vulgar e culto), dos romanos, que estenderam seu império até a Península Ibérica: o grego, de dialetos bárbaros, principalmente o dos visigodos, que viveram naquela região na idade Média; a dos árabes, que também dominaram a região; as de etnias africanas e indígenas (nesses dois casos, no Brasil, durante a colonização); o francês e o inglês, mais recentemente. Por isso, deve-se relativizar a dita "pureza" de uma língua, já que elas comumente são formadas por vários acréscimos. Atualmente, fala-se muito na influência da língua inglesa sobre a portuguesa , do quanto isso pode ser danoso, reflexo negativo da globalização como dominação cultural, combatida através da criação de medidas, inclusive leis. Contudo, há quem defenda que o incentivo para que a população valorize melhor seu idioma, através da educação de qualidade, seja uma maneira melhor de preservar nossa língua.
O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas) e "a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac ). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável". Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi fundado em São Paulo, Brasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo o mundo.
LÍNGUA PORTUGUESA
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o tom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
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