O LIVRO

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Nossa literatura - POEMA: O SABIÁ DA MATA, França Pereira

                   


                  O SABIÁ DA MATA


        Alada flauta de cristal das matas,

        E que celebra a glória da manhã,

        Quem te ouvindo as cadências e volatas,

        Não cuida a flauta ouvir do grande Pã?



        Queixas da selva umbrosa e das cascatas,

        Saudades da caatinga e da rechã,

        Dissolves em noturnos e sonatas,

        Na basílica voz de Malibrã!



        E essa voz que, de sombra a luz se veste,

        Mais doce do que um verso de Virgílio,

        Que põe vozes do céu na avena agreste:



        Nem uma vez possui no mundo inteiro;

        É a voz da Pátria a soluçar, no exílio,

        Saudades do Nordeste Brasileiro!

O CANTO DO SABIÁ DA MATA 


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