O LIVRO

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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Nossa Literatura - TIRADENTES - UM SONHO DE LIBERDADE - Literatura de Cordel






CORDEL SOBRE TIRADENTES

De autoria de ARIEVALDO VIANA, em parceria com outro grande cordelista, ZÉ MARIA DE FORTALEZA, este cordel foi publicado em folheto de dezesseis páginas pela editora Tupynamquim, com capa de KLÉVISSON VIA com uma biografia detalhada, o que levaria um bocado de tempo de digitação, o texto não está completo. Quem quiser ver o texto integral deve entrar em contato com a editora por um desses caminhos: tupynamquim_editora@ibest.com.br



TIRADENTES
Um sonho de liberdade

Zé Maria de Fortaleza e Arievaldo Viana

Num Brasil de tantos Silvas
Quero falar do primeiro
Que embalou nossa pátria
Com um sonho verdadeiro
Foi Joaquim José da Silva
Um grande herói brasileiro.

(...)

Trata-se de um grande herói
Que seus dons proeminentes
Os colocaram no rol
Dos grandes inconfidentes
Foi Joaquim José da Silva
Xavier, o Tiradentes.

Nasceu no século dezoito
No ano quarenta e seis
No Distrito de Pombal
Que lembra o grande Marquês
De Pombal, que foi ministro
Do reinado português.

(...)

Seu padrinho era dentista
E por razões evidentes
Ele aprendeu logo a arte
E por questões decorrentes
Da profissão, lhe custou
A alcunha de Tiradentes.


Na profissão de dentista
Não quis mais continuar
E resolveu investir
Na carreira militar
Foi comandante das tropas
Sem nada lhe intimidar.

(...)

Tiradentes, um plebeu
De origem muito pobre,
Conviveu por algum tempo
No meio de gente nobre
E ante tanta injustiça
Sua vocação descobre.


Viu que a nação brasileira
Não estava satisfeita
Com as ordens lusitanas
E a cobrança suspeita
Percebeu que tal proposta
Por muitos não era aceita.

(...)


Era um homem inteligente
De ampla e clara visão
Um sonho de liberdade
Movia seu coração
Livrar o Brasil Colônia
Do jugo da opressão.

(...)

Tiradentes e seus pares
A justa revolta urdiram
Porém os planos vazaram
Num precipício caíram
Joaquim Silvério e mais dois
Ouviram tudo e o traíram.

(...)

Antes da revolução
Chegar a hora e a vez
A notícia foi levada
Ao Vice-Rei português
Pelo delator infame
Joaquim Silvério dos Reis.

(...)


Prenderam então Tiradentes
Na Rua dos Latoeiros
Já na prisão recebeu
Notícias dos companheiros
Que também estavam presos
Pra revolta dos mineiros.

(...)


A vinte e um de abril
No ano noventa e dois
Daquele século dezoito
A maldade disse: “Pois
Sendo assim, massacrem o réu
Para enforcá-lo depois.


Foram percorrendo as ruas
Lá do Rio de Janeiro
Desde a cadeia ao patíbulo
Levando o prisioneiro
Que apesar do sofrimento
Tinha um semblante altaneiro.


Ao contrário do que os livros
De história têm mostrado
Ele subiu ao patíbulo
Com o cabelo raspado
Trajando uma longa túnica
Por um carrasco puxado.


(...)

Ele cumpriu sua sina
Bastante resignado,
Sonhando ver seu País
Da opressão libertado,
Depois de morto, o herói
Foi também esquartejado.

(...)


Somente com a República
O nosso herói Tiradentes
Virou personalidade
Histórica entre os combatentes
E foi cognominado
Mártir dos inconfidentes.

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