O LIVRO

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terça-feira, 30 de junho de 2015

Nossa Pátria - FOLCLORE BRASILEIRO - 30 de Junho - Dia do Bumba Meu Boi




Levanta, meu boi         

De Norte a Sul, são vários os nomes usados para o mesmo personagem, que circula por espetáculos de dança, música e teatro. Boi-bumbá, bumba meu boi, boi de mamão, bumba de reis, boizinho -  e a lista continua. São mais de 10 nomes que indicam o mesmo personagem do espetáculo que reúne dança, música e teatro em festas de Norte a Sul do País.

Neste dia 30 de junho, quando se comemora o dia de São Marçal, tido como padroeiro dos bombeiros, as festas juninas e as ruas das cidades são tomadas, em especial no Nordeste do Brasil, pelas apresentações do boi, composta por elementos das culturas africana, europeia e indígena.

Mesmo com suas variações regionais, a encenação do boi conta a história da escrava Catarina (ou Catirina), que está grávida e com desejo de comer língua de boi. Ela pede ao marido Pai Francisco para matar o boi mais bonito da fazenda. Chico mata o boi, mas tem de ressuscitá-lo para evitar a punição do fazendeiro, dono do boi. O processo de trazer o boi à vida conta com a ajuda de personagens que variam de médico, passando por padre e pajé, ou todos eles juntos.

A importância da manifestação cultura levou o governo federal a instituir, por meio de lei (12.103 de 2009), o Dia Nacional do Bumba Meu Boi, comemorado em 30 de junho.  Cerca de dois anos depois, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade vinculada ao Ministério da Cultura, deu o título de "Patrimônio Cultural do Brasil" à atividades promovidas pelo o Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão.

De acordo com Iphan, a manifestação popular maranhense congrega diversos bens culturais associados, divididos entre plano expressivo, composto pelas performances dramáticas, musicais e coreográficas, e o plano material, composto pelos artesanatos, como os bordados do boi, confecção de instrumentos musicais artesanais, entre outros.

Com o recebimento do título, que tem validade de 10 anos, o Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan sugeriu algumas medidas de salvaguarda como o incentivo à documentação, conhecimento e divulgação; fortalecimento e apoio à sustentabilidade dos grupos; e valorização das expressões tradicionais do Bumba meu boi.

A brincadeira está disseminada pelo País e o número de participantes de cada grupo é variável. Apenas no Maranhão, segundo dados do Iphan, levantados em 2010/2011, existem cerca de 450 grupos de bumba meu boi em 70 dos 217 municípios maranhenses.

Fonte -  Ministério da Cultura, Assessoria de Comunicação





domingo, 21 de junho de 2015

Nossa Pátria - ORIGEM DO NOME DO ESTADO DO 'AMAZONAS'




A lenda - O nome Amazônia deriva de amazonas, guerreiras mitológicas. Segundo lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo comandada por Hipólita que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer. Amazona significa sem seio, em grego, porque a lenda também dizia que tais mulheres cortavam o seio para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.
Há ainda a lenda do Eldorado e do lago Parima, que supostamente estaria ligado à fonte da juventude. Essa lenda provavelmente liga-se à existência real do Lago Amaçu, que tinha uma pequena ilha coberta de xisto micáceo, material que produz forte brilho ao ser iluminado pelo Sol e que produzia a ilusão de riquezas para o europeu.

A conquista do Amazonas, 1907, Museu Histórico do Estado do Pará

Originalmente, a área do atual Estado do Amazonas não integrava as terras portuguesas, conforme os termos do Tratado de Tordesilhas, ficando sob domínio espanhol. O primeiro europeu a percorrer todo o curso do rio Amazonas teria sido o espanhol Francisco de Orellana, entre 1539 e 1541, desde a cordilheira dos Andes até ao Oceano Atlântico. Iniciava-se, à época, a lenda de que a mítica cidade de El Dorado ficaria em algum ponto entre o Amazonas e as Guianas. Orellana afirmou ter encontrado e combatido uma tribo de mulheres guerreiras e por isso batizou aquele curso de "rio das Amazonas", em referência às personagens da mitologia grega. Um companheiro de Orellana, Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés, divulgou relatos da expedição, com descrição das riquezas e dos habitantes da região, que foram publicados em Veneza em 1556. Uma nova expedição em 1561 tentou repetir a façanha de Orellana, mas quase não conseguiu: o comandante, Pedro de Ursua, foi assassinado pelo seu sucessor, Lope de Aguirre, que enlouqueceu vítima de delírio tropical. Cruel em todos aspectos Aguirre também matou sua filha de quinze anos e vários índios.

Floresta
Amazônica

A primazia da ocupação da foz do grande rio (atuais estados do Amapá e do Pará), em função da sua exploração econômica, coube a ingleses e holandeses, que instalaram feitorias nas margens dos maiores rios da região, para extrair madeira e especiarias, como o cravo, o urucum, o guaraná, resinas e outros (as chamadas drogas do sertão), desde 1596.
Brasão AM


Assim, desde cedo a economia da região amazônica se baseou no extrativismo e não na agromanufatura açucareira, como em outras regiões coloniais.

Sobre  o Amazonas





terça-feira, 9 de junho de 2015

Nossa História - HISTÓRIA DO BRASIL - CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS





PERÍODO: Brasil Colônia

1500 – A expedição de Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil.

1501 – Américo Vespúcio faz uma expedição exploratória na costa brasileira.

1504 – Chegam ao Brasil navegadores  franceses para exploração do território.

1530 – É instituído o regime de capitanias hereditárias por Dom João III. A expedição colonizadora de Martim Afonso chega ao Brasil.

1532 – Fundada a Vila de São Vicente, primeira vila do Brasil por Martim Afonso.

1534 - O Brasil é dividido em capitanias hereditárias. Início da escravização do índio no Brasil.

1543 - A primeira Santa Casa do Brasil é fundada por Braz Cubas.

1548 – Criado  o governo-geral com o objetivo de centralizar a administração da Colônia.

1549 – A cidade de Salvador é fundada.  é constituído o primeiro governo geral do Brasil com Tomé de Souza.

1550 - Inicia a criação de gado no Brasil, com chegada de espécies. Em Salvador chega a primeira leva de escravos vindos da África.

1555 - Os franceses fundam a França Antártica, no Rio de Janeiro.

1562 - João Ramalho torna-se capitão-mor de São Paulo de Piratininga.

1563 – A cidade de São Sebastião (Rio de Janeiro) é fundada por Estácio de Sá.

1567 - Os franceses são expulsos do Rio de Janeiro.

1570 – A liberdade dos índios é garantida pela Carta régia.

1571 – Decreto de Dom Sebastião determina  que somente navios portugueses transportem mercadorias para o Brasil.

1578 - Francis Drake e outros corsários ingleses exploram pau-brasil no Maranhão.

1580 - Início do domínio espanhol, também chamado União Ibérica.

1584 - Os portugueses dão inicio a conquista da Paraíba.

1585 - O forte em torno do qual cresceu a atual cidade de João Pessoa é construído por Martim Leitão.

1586 – Espanhóis e portugueses tentam, sem sucesso, expulsar os franceses da Paraíba.

1587 - Barcos estrangeiros são proibidos de ancorar no Brasil. O capitão inglês Thomas Cavendish pratica atos de pirataria em São Vicente.

1595 - Lei de Filipe II proíbe a escravização dos índios. Ataque do corsário inglês James Lancaster no Recife.

1596 - Ingleses fundam feitorias no delta do Rio Amazonas.

1599 - Jerônimo de Albuquerque pacifica os portugueses na Paraíba e funda Natal.

1605 - Governo espanhol proíbe que estrangeiros desembarquem no Brasil e nas demais partes do além-mar português.

1612 - Os franceses invadem o Maranhão e fundam a França Equinocial.

1615 - Jerônimo de Albuquerque, Alexandre Moura e Francisco Caldeira apoderam-se do forte de São Luiz do Maranhão, derrotando a França Equinocial.

1616 – A cidade de Santa Maria do Belém, no Paraná,  é fundada por Francisco Caldeira.

1619 - Índios Tupinambás se revoltam, porém são derrotados no Pará.

1621 - O Estado do Maranhão (Maranhão, Ceará e Pará), é criado pela Coroa Espanhola.

1624 – Os holandeses invadem a Bahia; os portugueses estabelecem a resistência.

1625 – Os holandeses são expulsos da Bahia com o apoio da esquadra espanhola.

1630 - Os holandeses atacam Pernambuco e se estabelecem.

1637 – Mauricio de Nassau, governador holandês de Pernambuco, expulsa as tropas luso-brasileiras em direção à Bahia.

1638 - Inicia a expedição de João Dias em direção ao sul do país.

1640 - Procuradores da Capitania de São Vicente expulsam os jesuítas. Chega ao fim o domínio espanhol.

1644 – Ao desentender-se com a Companhia das Índias Ocidentais, Maurício de Nassau deixa o cargo de governador.

1645 - Insurreição dos luso-brasileiros de Pernambuco contra os holandeses.

1648 - Na primeira Batalha dos Guararapes os holandeses  são derrotados por Francisco Barreto.

1654 - Expulsão definitiva dos holandeses do Brasil.

1661 – Através de tratado de paz os holandeses reconhecem a perda da colônia do Brasil. Aliança com Portugal autoriza o comércio dos ingleses no Brasil e nas Índias.

1669 - Francisco de Mota Falcão ergue o Forte de São José do Rio Negro.

1671 – Através de decreto é liberada a entrada de navios estrangeiros em portos brasileiros.

1674 - Bandeira de Fernão Dias Pais Leme parte em direção ao sertão de Minas Gerais.

1684 - Explode, no Maranhão, a Revolta de Beckman.

1685 - Construídos quatro fortes na região amazônica, ameaçada pelos franceses de Caiena. A Coroa Portuguesa proíbe a produção de manufaturas no Brasil.

1694 - É montada na Bahia a primeira Casa da Moeda. Primeiras notícias de descoberta de ouro em Minas Gerais.

1702 - É criada a Intendência das Minas, tendo como função principal distribuir terras para a exploração do ouro e cobrança de tributos para a Fazenda Real.

1708 – Inicia a Guerra dos Emboabas.

1710 - Deflagrada a Guerra dos Mascates, conflito entre os senhores de engenho de Olinda e os comerciantes de Recife.

1711 – Através de Carta Régia São Paulo é elevada à categoria de cidade.

1713- Através do Tratado de Utrecht; a França aceita o rio Oiapoque como limite entre a Guiana e o Brasil.

1715 – Pelo Tratado de Utrecht; a Espanha concorda em devolver a Colônia do Sacramento a Portugal.

1720 – São criadas as Casas de Fundição. Nesse ano, inicia a Revolta de Vila Rica, em protesto contra a criação das Casas de Fundição.

1722 - Expedição de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, que descobriria ouro no sertão goiano.

1727 - Cuiabá  é fundada pelo governador Rodrigo César.

1728 - Descobertas as primeiras jazidas de diamantes em Serro Frio (atual Diamantina).

1729 - Inicia a produção de diamantes no arraial do Tijuco, atual cidade de Diamantina, em Minas Gerais.

1737 – Início da ocupação portuguesa do Rio Grande do Sul, voltada para a criação de gado.

1747 – Por alvará régio são confiscados os tipos de imprensa existentes no Brasil.

1750 - Pelo Tratado de Madri, é reconhecido o domínio de Portugal sobre os territórios a oeste do meridiano de Tordesilhas.

1752 - Colonos açorianos chegam ao Rio Grande do Sul; algumas famílias se estabelecem em Porto dos Casais (Porto Alegre).

1759 - Os jesuítas são expulsos do Brasil.

1761 – Através do Acordo do Pardo Espanha e Portugal anulam o Tratado de Madri.

1763 – Transferida de Salvador para o Rio de Janeiro a capital do Estado do Brasil.

1765 - Decretada a derrama, pela qual se obrigava a população mineradora a completar a soma acumulada do imposto devido.

1766 - Inicia o plantio de arroz no Maranhão.

1771 - Começa a funcionar a Intendência dos Diamantes.

1775 – Reunificação dos Estados do Brasil e do Grão-Pará e Maranhão.

1777 – Tratado de Santo Ildefonso entre Portugal e Espanha. A Colônia do Sacramento passa definitivamente para o domínio espanhol.

1777 – Morte de D. José I e ascensão de D. Maria I ao trono português. Pombal é afastado do governo e os rumos da política e administração lusas sofrem uma mudança radical (fase conhecida como “Viradeira”).

1789  – Inconfidência Mineira, primeiro dos movimentos emancipacionistas que caracterizam a crise do Sistema Colonial.

1792 – Execução de Tiradentes.

1798  – Conjuração dos Alfaiates ou Inconfidência Baiana: movimento emancipacionista com participação predominante de elementos populares. Possuía projetos de caráter social, como a abolição da escravatura.

1801 – Os sul-rio-grandenses ocupam o território dos antigos Sete Povos das Missões, então em poder dos espanhóis, aproveitando uma curta guerra entre Portugal e Espanha. O Tratado de Badajoz, firmado entre os dois países nesse mesmo ano, reconhece implicitamente o domínio lusitano sobre aquela região.
– Conspiração dos Suaçunas, conciliábulo de senhores-de-engenho pernambucanos que alguns historiadores insistem em considerar como movimento emancipacionista. Não são aplicadas punições aos supostos envolvidos.

1808 – Chegada de D. João à Bahia, dando início ao PERÍODO JOANINO (1808/21). Carta-régia determina a abertura dos portos brasileiros “a todas as nações amigas”. Fim do “exclusivo” metropolitano e enfraquecimento do Pacto Colonial. Passagem do Brasil para a órbita direta do capitalismo industrial inglês, em substituição ao anacrônico colonialismo mercantilista português.
– Alvará de Liberdade Industrial, revogando as proibições impostas por D. Maria I em 1785. Medida de pouco alcance prático, dada a falta de tecnologia e de capitais no Brasil.
– Instalação da Imprensa Régia e publicação do primeiro jornal brasileiro.
– Criação de escolas de Medicina (primeiros cursos superiores instalados no Brasil) no Rio de Janeiro e em Salvador.

1810 - Início da pressão inglesa para extinção do tráfico negreiro no Brasil.

1815 - Elevação do Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves.

1817 – Revolução Pernambucana. Último movimento emancipacionista e o único que chegou ao estágio da luta armada.

1818 - O príncipe regente torna-se rei, com o título de Dom João VI. Criada a colônia suíça de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

1820 - Chega ao Brasil a notícia da Revolução do Porto.

1821 – Fim do absolutismo no Brasil. D. João VI aceita submeter-se à autoridade das Cortes. Juntas Provisórias de Governo substituem os governadores das províncias (nova denominação das capitanias) nomeados pelo rei.
– Por pressão das Cortes de Lisboa, D. João VI retorna a Portugal, deixando o príncipe-herdeiro D. Pedro como regente do Brasil.
– As Cortes exigem o retorno de D. Pedro a Portugal.

1822 – Dia do Fico (9 de janeiro)  - D. Pedro recusa-se a obedecer às Cortes e decide permanecer no Brasil. A partir daí, acelera-se o processo da Independência.

1822 – Dom Pedro proclama a independência do Brasil. (7 de setembro)

PERÍODO: Brasil Império


1822 – Aclamação do príncipe D. Pedro como imperador do Brasil, com o nome de D. Pedro I.

 1823 – É instalada, a Assembléia Constituinte encarregada de elaborar a primeira Constituição do Brasil. Choque entre as tendências liberais da Assembléia e o autoritarismo do imperador. D. Pedro I dissolve a Assembléia por meio de um golpe militar.

 1824 – D. Pedro I outorga uma Constituição centralizadora: unitarismo (ausência de autonomia provincial), quadripartição de poderes (sendo o Poder Moderador privativo do monarca), voto censitário e subordinação da Igreja ao Estado.
– Confederação do Equador: revolta separatista pernambucana, com características idênticas às da Revolução de 1817. Forte repressão por parte de D. Pedro I.
– Os Estados Unidos reconhecem a independência do Brasil.

1825 – Portugal e Grã-Bretanha (Inglaterra) reconhecem a independência do Brasil.

 1826 - Brasil e Inglaterra constituem uma convenção sobre a extinção do tráfico negreiro.

 1826 – Morre D. João VI. D. Pedro I é reconhecido como rei de Portugal (D. Pedro IV), mas abdica em favor de sua filha D. Maria da Glória (D. Maria II).

 1828 – Chega ao fim a Guerra da Cisplatina entre Brasil e Argentina, resultando em um Tratado de paz onde ambos os países aceitam a independência da Província Cisplatina, com o nome de “República Oriental do Uruguai”.

 1830 – Promulgado o Código Criminal.

 1831 - É criada a Guarda Nacional.

 1834 – Morre em Portugal D. Pedro I.

 1835 - Início da Regência Una do padre Feijó. No Pará, deflagrada a Cabanagem; no Sul, a Revolução Farroupilha. Revolta dos Malês na Bahia.

 1837 – Feijó renuncia à Regência. O regressista Araújo Lima torna-se regente interino.
Na Bahia, inicia a Sabinada (tentativa de separatismo temporário).

 1839 – Garibaldi, um dos líderes farroupilhas, funda em Santa Catarina a passageira República Juliana.

 1840 - Dom Pedro de Alcântara tem antecipada sua maioridade e se torna o segundo Imperador do Brasil.

 1842 - Revoltas liberais surgem em Minas Gerais e São Paulo. O movimento é sufocado por Caxias, que já vencera a Balaiada e depois pacificaria o Rio Grande do Sul.

 1848 – Tem início a Revolução Praieira.

 1849 – A cidade de Joinville, em Santa Catarina é fundada por colonos alemães.

 1850 - Promulgação da Lei Eusébio de Queiroz, que proíbe definitivamente o tráfico negreiro para o Brasil.

1851 – Tem início a guerra entre Brasil e Paraguai contra Rosas e seu aliado Oribe, ex-presidente do Uruguai.

 1852 - O general Caxias comanda forças brasileiras, uruguaias e argentinas que derrotam e depõem Rosas.

 1854 – Fundado o novo Banco do Brasil (antiga casa da moeda). Inauguração da primeira estrada de ferro do Brasil.

 1856 - Início da construção da primeira estrada pavimentada do país, a União Indústria, ligando Petrópolis a Juiz de Fora.

 1865 – Tem início a Guerra do Paraguai.

 1866 - O rio Amazonas é aberto à navegação internacional.

 1867 - É inaugurada a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.

 1870 - Fim da Guerra do Paraguai.

 1871 - Promulgação da Lei do Ventre Livre.

 1872 - Primeiro recenseamento realizado no Brasil.

 1873 - É fundado o Partido Republicano Paulista, na Convenção de Itu, em São Paulo.

 1874 - Inicia a corrente imigratória italiana para o Brasil.

 1877 – Início do “ciclo da borracha” na Amazônia, utilizando principalmente mão-de-obra nordestina deslocada de suas províncias por uma grande seca.

 1884 – O Ceará é a primeira província a extinguir a escravidão.

 1885 – Promulgação da Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva–Cotegipe, que emancipa os escravos com mais de 65 anos.

1888  – Abolição da escravidão por força da Lei Áurea.


1889 – Chega ao fim o período do Império.

PERÍODO: Brasil República


1889 – Proclamação da República. Banimento da Família Imperial e formação de um Governo Provisório chefiado por Deodoro.
– Primeiras medidas do novo governo: modificação da Bandeira Nacional, liberdade de cultos, separação entre Igreja e Estado, criação do Registro Civil e secularização dos cemitérios.

1890 – Encilhamento: crise financeira provocada pelo ministro da Fazenda, Rui Barbosa.


 1891 - Promulgada a primeira Constituição da República. Deodoro é eleito presidente da República pelo Congresso nacional e Floriano Peixoto vice. Golpe de Estado. Renúncia de Deodoro, após uma série de atritos com o Congresso e uma tentativa frustrada de golpe de Estado. Floriano (o “Marechal de Ferro”) assume a chefia do Estado.

1893 - Tem início a Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul, estendendo-se a Santa Catarina e Paraná.

1893 – Revolta da Armada no Rio de Janeiro, com participação de monarquistas. Ao se retirarem da Baía da Guanabara, os rebeldes da Armada unem-se aos federalistas no Sul.

1894 –Fim da República da Espada (1889/94) e início da República das Oligarquias (1894/1930).
– Eleição do civil Prudente de Morais para a Presidência da República.

1897 - Prudente de Moraes sofre um atentado. O arraial de Canudos é destruído por tropas federais.

1898 – É eleito presidente da República Campos Sales, idealizador da “Política do Café-com-Leite” e da “Política dos Governadores”.

1903 - Revolta no Acre contra a Bolívia. Plácido de Castro proclama a independência do Estado e meses depois o território é anexado ao Brasil.

1903 – “Revolta da Vacina” no Rio de Janeiro, envolvendo também a insatisfação popular com as más condições de vida e a alta de preços.

1906 - O Convênio de Taubaté propõe soluções para a crise de superprodução do café. Os governos estaduais deveriam comprar e estocar a produção excedente.

1907 - Congresso aprova a Lei de Repressão ao Anarquismo, autorizando a deportação de estrangeiros ligados ao movimento operário.

1908 - Criação da Confederação Operária Brasileira. Chegam ao Brasil os primeiros imigrantes japoneses.

1909 - Morte de Afonso Pena. O vice Nilo Peçanha assume a Presidência. – Candidatura presidencial do marechal Hermes da Fonseca e quebra da “Política do Café-com-Leite”.

1910 - Hermes da Fonseca é eleito presidente e Venceslau Brás vice.
– Revolta da Chibata, reivindicando melhores condições para os marinheiros da Armada.
– Criação do Serviço de Proteção ao Índio (atual FUNAI), chefiado pelo então major Cândido Rondon.

1912 – Campanha do Contestado: destruição, pelo Exército, dos núcleos messiânicos instalados na região da divisa entre Paraná e Santa Catarina.

1914 - Conflito no Ceará contra o governo de Franco Rabelo. Jagunços comandados pelo Padre Cícero e Floro Bartolomeu ocupam Vale do Cariri.

1915 - Anarquistas organizam o Congresso Nacional da Paz em Protesto contra a I Guerra Mundial.

1916 - Fundada a Liga de Defesa Nacional. Fim da Guerra do Contestado.

1917 - Greve Geral paralisa a cidade de São Paulo, Navios alemães torpedeiam navios brasileiros. Em represália, o Brasil entra na guerra.

1918 - Eleições presidenciais. Rodrigues Alves é eleito presidente e Delfim Moura, vice. Gripe espanhola se alastra por São Paulo e outras regiões do país.

1920 - Conflito na Bahia. É decretada intervenção federal.

1922 - Revolta do Forte de Copacabana (Os 18 do Forte), sendo a primeira revolta do movimento tenentista.
- Realiza-se, em São Paulo, a Semana de Arte Moderna.
– Fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), impropriamente conhecido como “Partido Comunista Brasileiro” (denominação oficializada somente no final dos anos 50).

1923 - Crise no Estado do Rio de Janeiro. Intervenção federal.

1924 - Eclode em São Paulo outra revolta tenentista contra o governo federal. Tem início a Coluna Prestes.

1926 - Criação do Partido Democrático, em São Paulo.

1927 - Instituído o voto feminino no Rio Grande do Norte.

1928 - Fundação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

1929 - Lançada a candidatura Getúlio Vargas.

1930 – Inicia  no Rio Grande do Sul e no nordeste a Revolução de 1930, dando fim à  Primeira República (ou República das Oligarquias) e início da Era Vargas.

1931 - Cria-se o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Tem início a promulgação de leis sociais.

1932 - Novo Código Eleitoral estabelece o voto secreto e o direito das mulheres votarem e serem votadas.
- Tem início a Revolução Constitucionalista de São Paulo: movimento armado com o objetivo de
apressar a reconstitucionalização do País (tentativa da oligarquia paulista de retomar o poder).

1933 - Instalada Assembléia Nacional Constituinte, eleita por voto secreto e com participação do eleitorado feminino.

1934 - É promulgada a segunda Constituição da República , que incorpora a legislação trabalhista e os recentes aperfeiçoamentos eleitorais; criação dos “deputados classistas” (20% do total).
– Vargas é eleito indiretamente para a Presidência da República, com um mandato de quatro anos.

1935 - Decretada a Lei de Segurança Nacional. Em novembro, ocorre o levante da Aliança Nacional Libertadora (Natal, Recife e Rio de Janeiro). O governo reprime o movimento decretando estado de sítio.

1937 - Uma nova Constituição é imposta ao país. Golpe de Estado de Vargas, com apoio das Forças Armadas e da maior parte dos setores conservadores. Dissolução do Congresso Nacional e outorga de uma Constituição autoritária (a “Polaca”).
– Divulgação, pelo governo, do “Plano Cohen” (projeto de insurreição comunista forjado por um oficial do Exército).

1937 – Fase do Estado Novo, dentro da Era Vargas. Os partidos políticos são extintos e não mais se realizam eleições. Instaura-se uma ditadura e os estados voltam a ser governados por interventores nomeados.

1940 - Governo institui salário mínimo.

1941 - Criação do Ministério da Aeronáutica.

1942 - Alemães torpedeiam navios brasileiros e o Brasil declara guerra à Alemanha e a Itália.

1943  – Entra em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho, código trabalhista inspirado na “Carta del Lavoro” da Itália Fascista.
– “Manifesto dos Mineiros” em prol da redemocratização do Brasil.

1944 - Participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB), do Exército, e de um destacamento da Força Aérea na luta contra os alemães na Itália.

1945 - Vargas é deposto por um golpe militar. José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, assume interinamente a Presidência da República. Chega ao fim a Era Vargas.

1946 - É promulgada a quarta Constituição da República. Início do governo Dutra.

1947 - O governo Dutra decreta a extinção do Partido Comunista.

1948 - Cassado o mandato dos deputados comunistas.

1950 - Eleições presidenciais. Vitória de Getúlio Vargas.

1951 - Inaugurada a I Bienal Internacional de Artes Plásticas.

1952 - Criada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

1953 - Criação da Petrobrás. E 300 mil trabalhadores reivindicam reajuste salarial.

1954 - O governo concede aumento de 100 % aos assalariados.
- Suicídio de Getúlio Vargas em 24 de agosto.

1955 - Juscelino Kubitschek é eleito presidente da República.

1956 - O governo Juscelino, com base em seu Plano de Metas, empreende diversas realizações desenvolvimentistas.

1960 - Inauguração da cidade de Brasília.

1961 - O presidente Jânio Quadros toma posse em janeiro e renuncia em agosto.
– Crise institucional. A cúpula das Forças Armadas se opõe à posse do vice João Goulart na Presidência. Solução de compromisso: Ato Adicional à Constituição de 1946, instituindo o sistema parlamentarista.
– Posse de João Goulart (“Jango”).

1962 - Criação do Conselho Nacional de Reforma Agrária.

1963- – Referendo restabelece o sistema presidencialista.
– Jango propõe as “Reformas de Base” (agrária, bancária, administrativa, universitária e das Forças Armadas).

1964 - É deflagrado o golpe político-militar que afasta João Goulart (Jango). O marechal Castelo Branco assume a presidência da República. Ato Institucional suspende direitos políticos de centenas de pessoas.

1964 - Fim da República Populista e início dos Governos Militares (1964/85).

1965  – Cassação de vários líderes políticos, sindicais e estudantis, com destaque para João Goulart, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e Leonel Brizola.
– Queda da inflação, que no final do governo Goulart conseguiu o índice de 100% ao ano.
– Após a vitória de candidatos da oposição para os governos estaduais da Guanabara, Minas Gerais e Goiás, o presidente Castelo Branco edita o Ato Institucional nº 2, que extingue os partidos políticos existentes e institui o bipartidarismo, consubstanciado na ARENA (partido da situação) e MDB (partido da oposição).

1966 - Suspensas eleições para cargos executivos, inclusive deputados e senadores.

1967 - O marechal Costa e Silva toma posse como presidente. É promulgada uma nova Constituição Federal.

1968 - Movimentos de oposição são reprimidos com violência.
- O governo edita o Ato Institucional nº5, que concede ao presidente da República poderes excepcionais por tempo indeterminado.

1969 - O governo passa a ser exercido, interinamente, por uma junta formada pelos três ministros militares.

1970 - Oposição ao governo se intensifica com guerrilhas na cidade e no campo. Regime endurece com prisões, torturas e censura.

1972 - Inaugurada a Transamazônica em meio às críticas pela devastação do meio ambiente.

1973 - Médici assina acordo com o ditador Stroessner para a construção da hidrelétrica de Itaipu. O país vive o período do "milagre econômico".

1974 - Inauguradas a hidrelétrica de Ilha Solteira, a Ponte Rio Niterói e o Metrô de São Paulo. Inicio do governo do general Geisel. Em seu governo, tem início a abertura política, que o próprio Geisel define como “lenta, gradual e segura”.

1975 - Brasil entra na era nuclear assinando acordo com a Alemanha.

1977 - Intensifica-se o movimento da sociedade civil em favor da recuperação dos direitos democráticos.

1978 - Geisel inicia processo de abertura. Fim do AI-5. Eleição indireta do general Figueiredo, chefe do SNI.

1979 - Inicio do governo do general João Figueiredo. Aprovada a lei da anistia.

1980 – Libertação dos presos políticos e autorização para os exilados retornarem ao País..

1981 – O governo restabelece eleições diretas para os cargos do Executivo, exceto para presidente da República e prefeitos das capitais e áreas de segurança nacional.

1982 - – Eleições diretas para governador, suspensas desde 1966.

1984 - O país se mobiliza, reivindicando eleições diretas. A Campanha “Diretas-Já” reúne multidões nas principais capitais do País; mas a emenda Dante de Oliveira, que as instituiria, é rejeitada no Congresso.

1985 - Fim dos governos militares  e início da Nova República.

1985 - Em eleições indiretas para a Presidência da República o candidato da oposição Tancredo Neves é eleito o novo Presidente do Brasil, entretanto devido a problemas de saúde não assume e em 21 de abril, é anunciada a sua morte.

1986 - Decretado o Plano Cruzado I e II, destinado a conter a inflação e estabilizar a economia.

1987 - Instala-se a Assembléia Constituinte, sob a presidência de Ulysses Guimarães. A crise econômica se agrava; a inflação não é contida.

1988 - Promulgada a oitava Constituição do Brasil. Cresce a violência no campo e na cidade. - Assassinado no Acre o líder seringueiro Chico Mendes.

1989 - Fernando Collor de Mello é o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1960.

1990 - Collor lança o Plano Collor I, plano econômico revolucionário, que muda a moeda em vigor e retém, por 24 meses, depósitos feitos em contas-correntes ou em poupanças.

1991 - Retomada escalada da inflação. O governo não obtém apoio do Congresso e a crise econômica se aprofunda. Plano Collor II.

1992 - Sucessivos escândalos abalam o governo Collor. A inflação retoma seu processo de crescimento.

1992 - Fernando Collor renuncia à Presidência pouco antes de sofrer impeachment pelo Congresso, que o declara inelegível por oito anos. O vice-presidente, Itamar Franco, torna-se presidente efetivo.

1993 - Plebiscito popular opta pelo presidencialismo republicano como sistema de governo. Nova reforma cria o cruzeiro real.

1994 - Lançada uma nova moeda, o real. O ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, candidata-se à Presidência da República e vence.

1995 - A inflação é debelada e o país retoma a confiança. Inicia-se processo de privatizações.

1996 - Governo brasileiro é o principal articulador para o efetivo estabelecimento do Mercosul. Iniciam-se diversas campanhas para projetar um novo país no cenário global.

1997 - A sociedade protesta por reformas sociais, entre elas a Tributária, da Previdência e da Saúde. Governo de Fernando Henrique preocupa-se com a aprovação da emenda para reeleições.

1998 - Fernando Henrique é reeleito e uma nova bancada no Congresso assume em 1999.

2000 - O país comemora os 500 anos do descobrimento.

2000 – A crise econômica da Argentina e a desaceleração global abalam a economia brasileira.

2002 – Vitória do candidato de oposição Luís Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República.

2003 - O presidente Lula discursa na Assembléia Geral da ONU propondo a criação de um fundo mundial de combate à fome.

2006 - Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, passa oito dias no espaço como participante em uma missão russa.

2006 - Luís Inácio Lula da Silva é reeleito Presidente do Brasil.

2007- Início do segundo mandato de Luís Inácio Lula da Silva.             

2008 – Centenário da Cruz Vermelha Brasileira. Centenário da imigração japonesa no Brasil. Bicentenário da Polícia Civil do Brasil.

2009 - Série de escândalos abala a credibilidade do Congresso Nacional. Escândalo do Mensalão no Distrito Federal, escândalo dos atos secretos no senado brasileiro. Pandemia de gripe A (H1N1). Lei anti-fumo entra em vigor.

2010 - Entra em vigor no Brasil, em maio,  o Projeto Ficha Limpa. O projeto visa impedir que políticos com condenação na Justiça possam concorrer às eleições.

2011 – Dilma Roussef é eleita a primeira presidente mulher do Brasil, sendo reeleita em 2015.

2014 – O Brasil volta a sediar a copa do mundo pela primeira vez desde de 1950.

2015 - - Várias denúncias envolvendo a Petrobras têm tomado conta das manchetes e motivaram parlamentares da oposição a criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) envolvendo a estatal.



Nossa História - PONTOS MARCANTES DA HISTÓRIA DO BRASIL - DE 1500 A 2015


A História do Brasil é marcada por diversos momentos que foram de suma importância ao país ser o que é hoje. Veja aqui a lista de datas com alguns dos acontecimentos mais marcantes do Brasil.
A história do Brasil é marcado por vários eventos decisivos, muitas das características do passado permanecem até hoje no Brasil, fator que pode ser uma das causas do “não desenvolvimento” do país. Na história recente do Brasil temos acompanhando um crescimento na agitação popular muito característico há vários cenários da história  brasileira, vejamos aqui os eventos que tiveram destaque na historiografia brasileira.

Datas marcantes na história do Brasil

1500 – Chegada da expedição de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Em um primeiro momento Portugal não avistou muito o potencial em sua nova colônia e não criou nenhum projeto governista de colonização e por alguns anos o Brasil ficou apenas conhecido como um território exótico.

1530 – O regime de capitania hereditárias é instituído e começa o processo de colonização, visando a exploração de recursos naturais e um pouco depois a plantação da cana de açúcar.

1548 – É criado o governo-geral do Brasil como forma de centralizar a colônia, no ano seguinte Salvador se torna sede do governo-geral.

1570 – Declarada a liberdade dos índios.

1720 – Criação de casas de fundição e revolta dos colonos brasileiros.

1759 – Jesuítas são expulsos do Brasil.

1789 – Inconfidência Mineira, começam a se espalhar movimento emancipacionistas e se alastra a crise na colônia.

1808 – Chegada de Dom João VI ao Brasil, marca o início de uma nova era para a sociedade brasileira. O Brasil ganha o status de reino e deixa de ser colônia. Abertura dos portos à comércios estrangeiros e outras melhorias são introduzidas no Brasil.

1822 – Dom Pedro I, filho de Dom João declara a independência do Brasil.

1834 – Morre Dom Pedro I, início do período regencial.

1840 – Dom Pedro II atinge a maioridade e se torna imperador do Brasil.

1850 – Promulgada a lei Euzébio de Queiroz que acaba com o tráfico negreiro.

1885 – Promulgada a lei dos sexagenários ou lei Saraiva–Cotegipe que libertava escravos acima de 65 anos.

1888 – Lei Áurea liberta acaba definitivamente com a escravidão no Brasil.

1889 – Fim do Império e proclamação da República.

1891 – Primeira constituição do Brasil entra em vigor.

1927 – Instituído o voto feminino no Brasil.

1930 – Início da era Vargas e instituição de várias políticas públicas e trabalhistas.

1945 – Vargas é deposto e se chega ao fim da Era Vargas.

1955 – Juscelino Kubitschek é eleito o presidente do Brasil e começa a construção de Brasilia.

1964 – Golpe militar afasta João Goulart (Jango) da presidência e o Brasil entra no período da ditadura.

1985 – Fim do Governo militar no Brasil e início de uma Nova República.

1989 – Fernando Collor é o primeiro presidente eleito no Brasil após o golpe militar.

1995 – Início do processo de privatização das empresas brasileiras.

2002 – Luis Inácio Lula da Silva é eleito presidente do Brasil.

2009 – Uma série de escândalos políticos abalam o Brasil.

2011 – Dilma Roussef é eleita a primeira presidente mulher do Brasil, sendo reeleita em 2015.

2014 – O Brasil volta a sediar a copa do mundo pela primeira vez desde de 1950.

2015 - - Várias denúncias envolvendo a Petrobras têm tomado conta das manchetes e motivaram parlamentares da oposição a criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) envolvendo a estatal.


Outros Fatos

Durante vários momentos no período do reinado houve diversas revoltas regionais por busca de independência e durante o período imperial várias revoltas messiânicas também surgiram, principalmente no nordeste brasileiro. Segundo a tese de Luiz Felipe de Alencastro, o Brasil em sua história sempre viveu sobre o signo do provisório, fator que afeta até hoje a política brasileira. A história do Brasil é marcada por uma elite conservadora que sempre buscou privilégios, atualmente o Brasil passa por um período de transição econômica e busca se elevar em toda a América latina. As expectativas é de que esse crescimento continue, entretanto nenhuma política social foi discutida ou colocada em prática mediante à essa ascensão econômica.



segunda-feira, 8 de junho de 2015

Nossa literatura: LIVRO - A CAPITAL DA VERTIGEM - Roberto Pompeu de Toledo



A CAPITAL DA VERTIGEM: UMA HISTORIA DE SÃO PAULO DE 1900 a 1954
autor: Roberto Pompeu de Toledo
editora: Objetiva

SINOPSE

Após reconstituir em A capital da solidão a história de São Paulo das origens a 1900, o jornalista Roberto Pompeu de Toledo narra em agora sua arrancada rumo à modernidade. Eis uma cidade que deixa a condição de vila e se torna a maior metrópole do país. É a capital da vertigem: vertigem artística, industrial, demográfica, social e urbanística.Neste painel que vai do início do século XX a 1954 — quando a cidade completa quatrocentos anos —, aparecem personagens como Oswald e Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Washington Luís, Prestes Maia, e Francisco Matarazzo, e surgem episódios que vão da Semana de Arte Moderna de 1922 à epidemia de gripe espanhola, da Revolução de 1924 à chegada do futebol ao país.
Dois Viadutos do Chá , o antigo (à dir.) existiu até o novo ser
concluído em 1938: a cidade começa a ficar reconhecível
a partir da ''fúria reformista'' iniciada nos anos 20.
DADOS DO PRODUTO

título: A CAPITAL DA VERTIGEM: UMA HISTORIA DE SAO PAULO DE 1900 A 1954
ISBN: 9788539006731
idioma: Português
encadernação: Brochura
páginas: 568
edição: 1ª




SOBRE O AUTOR: ROBERTO POMPEU DE TOLEDO
Paulistano de 1944, Roberto Pompeu de Toledo começou a carreira jornalística em 1966, tendo passado por revistas, rádios e jornais de destaque nacional. Atualmente (2015), é colunista da revista Veja. É autor de O presidente segundo o sociólogo (Companhia das Letras, 1998), fruto de uma longa entrevista com Fernando Henrique Cardoso, e A capital da solidão (Objetiva, 2003), uma história da cidade de São Paulo desde suas origens como primeira vila do interior do Brasil até o início do século 20 quando se desenvolve como metrópole. O livro A capital da vertigem (Objetiva, 2015) é uma continuação do livro anterior.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Data Comemorativa - 5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente



O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido na conhecida Conferência de Estocolmo e passou a ser comemorado todo dia 05 de junho.

Em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, que passou a ser comemorado todo dia 05 de junho. Essa data, que foi escolhida para coincidir com a data de realização dessa conferência, tem como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados, por muitos, inesgotáveis.

Nessa Conferência, que ficou conhecida como Conferência de Estocolmo, iniciou-se uma mudança no modo de ver e tratar as questões ambientais ao redor do mundo, além de serem estabelecidos princípios para orientar a política ambiental em todo o planeta. Apesar do grande avanço que a Conferência representou, não podemos afirmar, no entanto, que todos os problemas foram resolvidos a partir daí.

Atualmente existe uma grande preocupação em torno do meio ambiente e dos impactos negativos da ação do homem sobre ele. A destruição constante de habitat e a poluição de grandes áreas, por exemplo, são alguns dos pontos que exercem maior influência na sobrevivência de diversas espécies.

Tendo em vista o acentuado crescimento dos problemas ambientais, muitos pontos merecem ser revistos tanto pelos governantes quanto pela população para que os impactos sejam diminuídos. Se nada for feito, o consumo exagerado dos recursos e a perda constante de biodiversidade poderão alterar consideravelmente o modo como vivemos atualmente, comprometendo, inclusive, nossa sobrevivência.

Dentre os principais problemas que afetam o meio ambiente, podemos destacar o descarte inadequado de lixo, a falta de coleta seletiva e de projetos de reciclagem, consumo exagerado de recursos naturais, desmatamento, inserção de espécies exóticas, uso de combustíveis fósseis, desperdício de água e esgotamento do solo. Esses problemas e outros poderiam ser evitados se os governantes e a população se conscientizassem da importância do uso correto e moderado dos nossos recursos naturais.

Em razão da importância da conscientização e da dimensão do impacto gerado pelo homem, o Dia Mundial do Meio Ambiente é uma data que merece bastante destaque no calendário mundial. Entretanto, não basta apenas plantar uma árvore ou separar o lixo nesse dia, é necessário que sejam feitas campanhas de grande impacto que mostrem a necessidade de mudanças imediatas nos nossos hábitos de vida diários.

Apesar de muitos acreditarem que a mudança deve acontecer em escala mundial e que apenas uma pessoa não consegue mudar o mundo, é fundamental que cada um faça a sua parte e que toda a sociedade reivindique o cumprimento das leis ambientais. Todos devemos assumir uma postura de responsabilidade ambiental, pois só assim conseguiremos mudar o quadro atual.

“A proteção e o melhoramento do meio ambiente humano é uma questão fundamental que afeta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento econômico do mundo inteiro, um desejo urgente dos povos de todo o mundo e um dever de todos os governos.”


(Declaração de Estocolmo sobre o ambiente humano - 1972)

fonte: Brasil Escola

terça-feira, 2 de junho de 2015

TESOURO ANALFABETO - Jorge Caldeira

Planta da Cidade de S. Paulo
Situada em 23°,, 33’,, 30” de Latitude Sul; e em 331°,, 24”,, 30”
de Longitude pelo Meridiano da Ilha do Ferro: Var. da Agulha
7,, 15”,, N&.
  • Acréscimo posterior, a lápis: Levantada em 1810 pelo Engenheiro Rufino José Felizardo e Costa


TESOURO ANALFABETO
A cultura oral brasileira, uma riqueza a ser preservada

Uma das peculiaridades mais negativas da colonização portuguesa foi a imposição de uma
política deliberada de analfabetismo no Brasil. Entre as proibições aplicadas à colônia, a mais draconiana foi o veto à utilização de impressoras, mantido a ferro e fogo durante 308 anos. Somente a partir de 1808, quando Dom João VI desembarcou no Rio de Janeiro, os brasileiros puderam conhecer o uso da prensa de Gutenberg. Não é só: a essa altura, o país não dispunha de instituto algum de ensino superior – a população reivindicava, mas jamais foi atendida pela Metrópole. Com tal política, a situação do Brasil na área da cultura escrita era muito ruim no início do século 20, inclusive em comparação com as demais colônias da América. Nos Estados Unidos, a primeira universidade foi fundada na década de 1630, apenas vinte anos após o início da colonização; nas colônias espanholas, havia seis universidades completas no início do século 19. No campo da alfabetização, apenas 3% dos brasileiros eram letrados no momento de nossa Independência, quando nos Estados Unidos esse indicador estava em torno de 15%.

Corrida contra o tempo
Partindo desse atraso, tivemos de correr muito atrás dos outros. As primeiras faculdades brasileiras começaram a funcionar em 1825 – e a primeira universidade, apenas em 1934. A rigor, a cultura letrada só veio a se firmar como realidade no século 20, e a alfabetização de toda a população será uma realidade do século 21, depois do grande esforço pela universalização feito nos últimos oito anos. Certamente, ainda há muito a fazer. Mas o fato é que a realidade da escassa cultura letrada não impediu que se construísse no Brasil uma das mais ricas culturas do Ocidente. A aparente contradição se explica pela intensa participação dos analfabetos nesse processo. Quase tudo que é importante em nossa cultura – música, dança, culinária, vocabulário, artes plásticas, comportamentos – foi sendo desenvolvido por pessoas que não sabiam ler nem escrever. Foram conhecimentos transmitidos por ditados populares, rimas e histórias. Essa cultura se desenvolveu resolvendo um problema de monta: a adaptação da civilização ocidental à floresta tropical, a um ambiente inteiramente novo, no qual com frequência todo o conhecimento técnico dos colonizadores se mostrava inútil. Os europeus precisaram aprender a viver aqui, e aprender isso com os nativos, num complexo processo que continua ainda hoje. E transmitiram por via oral a maior parte dos conhecimentos assim assimilados. Além do mais, esse processo de criação de cultura se enriqueceu a partir da importação maciça de escravos africanos.

Escrita só para letrados
Tudo isso junto deu um sentido de universalidade ao povo brasileiro, ao mesmo tempo que criou um problema para a pequena elite letrada. A rigor, a escrita servia basicamente para a administração pública. Por isso, hoje, toda nossa história tem de ser desencravada, a duras penas, de documentos oficiais. Neles estão as ralas referências a tudo que se fez em termos culturais no Brasil. A cultura escrita escassa, combinada com a cultura oral imensamente rica, é ainda um dado fundamental do Brasil. O grande problema dos alfabetizados brasileiros continua a ser o de, pouco a pouco, trazer esse grande cabedal popular para a forma escrita. Parece fácil, mas na realidade não é.
Foi apenas depois da República que se iniciou  a massificação do ensino – e os eruditos começaram a lançar seu olhar para a cultura popular. Levou ainda algum tempo para que o registro escrito das manifestações populares chegasse a mostrar na íntegra formas de pensar desenvolvidas por analfabetos. Somente com Guimarães Rosa, na segunda metade do século passado, surgiu um romance escrito como monólogo interior (isto é, como registro escrito do modo de pensar) de um analfabeto, que é Grande Sertão - Veredas. Surge assim um problema: considerando que até hoje são limitados os registros por escrito do mais importante modo de pensar da cultura brasileira, a imensa maioria dos livros não está adaptada ao pensamento daqueles que os utilizam.
A rigor, eles muitas vezes dizem coisas que são desmentidas pela prática cotidiana. Outra consequência: muitas pessoas cultas, mesmo com boas intenções, acabam considerando “erradas” as informações culturais dos menos letrados. Mas foi sobre esses “erros” que se construiu a cultura que nos distingue dos povos a nosso redor, e que marca nossa presença neste planeta.

Registros para o futuro
Se não levarmos em consideração dados tão fundamentais, viveremos sempre em insegurança intelectual. Ainda há muito trabalho a ser feito para registrar festas, músicas, ditados, frases, danças, receitas (médicas ou culinárias) e outras manifestações tradicionais, para que tenhamos uma noção clara da imensa produção cultural brasileira. Trata-se de um trabalho fundamental para o futuro do Brasil, e não há exercício mais rico para uma pessoa letrada do que registrar essas manifestações, onde puder encontrá-las. A rigor, o futuro cultural do país, agora letrado, vai depender do quanto se consiga fazer desses registros. Cada um deles é precioso, mesmo que não pareça, e isso fica evidente quando se observa como fizeram falta no passado. Para que se tenha uma ideia: até hoje se conhece um só desenho da cidade de São Paulo antes de 1810, feito por um bispo que por ali passou – e resolveu ilustrar esse pequeno ponto no mapa que fazia na viagem. É quase um desenho infantil, mas já foi reproduzido em centenas de livros, porque é único. Na falta de cenas da cidade – ou de um retrato que seja de seus antigos habitantes, gente como Raposo Tavares, Fernão Dias ou Anhanguera, só para ficar nos casos mais conhecidos – aquele pequeno desenho se tornou o testemunho fundamental de toda uma era. Documentos como esse, também em registros escritos, podem ser feitos aos milhares, em todo o país. O problema é registrar a cultura analfabeta antes que se acabe.

 JORGE CALDEIRA é doutor em ciência política e jornalista.
É autor de Mauá, empresário do Império,
Viagem pela história do Brasil e A nação mercantilista,
entre outros trabalhos.