O LIVRO

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domingo, 3 de maio de 2015

Nossa Pátria - 3 de Maio - DIA DO PAU-BRASIL - A ÁRVORE QUE DEU NOME A TERRA!


Pau-Brasil


Da família das leguminosas (Caesapilna, echinata, Lam.), é também conhecida por Ibirapitanga, muirapiranga, sapão, pau-rosado, pau-de-pernambuco. A sua flor perfumada é amarela, destacando-se uma pétala manchada de vermelho. De cerne rubro com manchas escuras, cresce com lentidão e atinge a altura de vinte e trinta metros. Floresce em outubro e novembro.

 
Símbolo da nossa terra, árvore que batizou o país, o pau-brasil é cada vez mais raro em solo brasileiro. Poucos cidadãos já tiveram o privilégio de ver uma árvore da espécie, porque as regiões onde eram encontradas em grandes quantidades sofreram violento processo de devastação, fazendo com que o pau-brasil fosse incluído na lista das espécies ameaçadas de extinção desde 2004. Graças a algumas iniciativas no campo da preservação do meio ambiente, nos últimos anos, a árvore aos poucos vai tentando recuperar seu status de cidadã brasileira. Em 2012, o Ministério do Meio Ambiente anunciou a promoção de ações estratégicas para proteger o pau-brasil. O Programa Nacional de Conservação do Pau-brasil (PNC) foi instituído pela Portaria nº 320/2012 publicada no Diário Oficial da União.

O Pau-Brasil foi o primeiro empreendimento de exploração econômica no Brasil. Essa madeira já era conhecida  pelos europeus, que a utilizavam como corante  na indústria têxtil: até então, o produto vinha do Oriente.
Foi, pois, dessa árvore de que se extraía uma tintura vermelha, que a população nativa já usava  para tingimento de fibras do algodão, que se derivou o nome "Brasil", embora a discussão  sobre a origem do nome esteja longe do fim.
O então rei de Portugal firma um contrato com os mercadores para a exploração da madeira nas novas terras. Em troca,  eles deveriam enviar navios ao Brasil, construir e manter aqui uma fortaleza, e pagar impostos à Coroa. Assim nasceram os "brasileiros", nome dado aos comerciantes do pau-brasil.
O escambo foi uma das maneiras utilizadas  para explorar o trabalho indígena na extração da madeira.
Na base da troca de miçangas, tecidos e roupas, canivetes, facas e  outros objetos, os nativos derrubavam as árvores, obtinham as toras e armazenavam nas feitorias
.
O Pau-Brasil ocupou o centro da história brasileira durante  todo o primeiro século da colonização. Abundante na época da chegada dos portugueses e hoje quase extinta, atualmente só é encontrada  em jardins botânicos e em parques nacionais, plantada vez por outra em cerimônias patrióticas.
O Brasil deve igualmente ao Pau-Brasil uma das suas principais manifestações artísticas. Oswald de Andrade, no que denominou "Manifesto  Pau-Brasil", publicado em 18 de março de 1924 no Correio da Manhã do Rio de Janeiro, deu nova dimensão à arte brasileira, contrastando, sem rejeitar o internacionalismo, o Brasil mulato e tropical com o da indústria moderna.

"(...) A Poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente.
Nenhuma fórmula para a  contemporânea expressão  do mundo. Ver com os olhos livres.
Temos a base dupla e presente - a floresta e a escola. A raça crédula e dualista  e a geometria, a álgebra e a química logo depois da mamadeira e do chá de erva- doce. Um misto de "dorme-nenê que o bicho vai pegá" e de equações.
Uma visão que bata nos cilindros dos moinhos, nas turbinas elétricas; nas usinas produtoras, nas questões cambiais, sem perder de vista o Museu Nacional. Pau-Brasil.
(...) Bárbaros, crédulos, pitorescos e meigos. Leitores de jornais. Pau-Brasil. A floresta e a escola. O Museu Nacional. A cozinha, o minério e a dança. A vegetação. Pau-Brasil."
- Oswald de Andrade-
(Correio da Manhã, 18 de março de 1924).


Antropofagia - Tarsila do Amaral
Mas, ninguém mais do que  Tarsila do Amaral expressou melhor a Pintura Pau-Brasil, redescobrindo com sua arte o passado colonial brasileiro.À frente dos Modernistas, Tarsila liderou o movimento que em 1928 ficou mundialmente conhecido como Movimento Antropofágico.

Esta nação, que tem a maior biodiversidade do mundo, cujo nome veio de uma árvore, foi motivo da devastação de um dos mais ricos ecossistemas do planeta e deve, para não deixar repetir o que aconteceu no passado, fazer cumprir a legislação ambiental, para que o potencial de suas florestas não continue sendo explorado irracionalmente.



Infográfico do jornal “O Estado de S. Paulo” sobre os usos do pau-brasil


Árvore típica da Mata Atlântica, o pau-brasil precisa da ação conjunta de iniciativas públicas e privadas para permanecer na flora brasileira. Para quem não conhece, segue uma breve descrição: tem o tronco e galhos cheios de espinhos e pode atingir 30 metros de altura. Depois de 375 anos de exploração, agora ela é considerada a árvore nacional, está protegida por lei e não pode mais ser cortada das florestas.

ATIVIDADES - Vamos Pintar: Clique na figura para ampliá-la e salve-a



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