O LIVRO

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Nossa História - 15 de Novembro de 1889 - Proclamação da Repúblic



O movimento Proclamação da República consiste quando o Brasil deixa de ser imperial e passa a ser República Federativa.

Movimento Proclamação da República


O Marechal Deodoro da Fonseca capitaneou o processo de instauração da República em 15 de novembro de 1889 

A Proclamação da República Brasileira ocorreu no dia 15 de novembro de 1889, na cidade do

Rio de Janeiro, então capital do Império. É por isso que, nesse dia, celebra-se esse acontecimento,
sendo decretado feriado em todo o território nacional. O processo de instauração do regime
republicano no Brasil teve como antecedentes: as várias crises institucionais que o reinado
de Dom Pedro II sofreu ao longo das décadas de 1870 e 1880 e as manifestações ideológicas que
permearam esse mesmo período.
A estrutura do poder imperial, que possuía um caráter centralizador, não permitia que as províncias
tivessem autonomia – fato que desagradava elites regionais, como a dos fazendeiros do oeste
paulista. Além disso, havia insatisfação também entre os militares, que almejavam, em grande parte,
imbuídos de ideais positivistas e republicanos, uma república autoritária e modernizadora.
Havia também o grupo dos civis defensores do republicanismo e do abolicionismo, notável em suas
ferrenhas críticas à estrutura do poder imperial. Nomes como os dos jornalistas Quintino Bocaiuva e Silva Jardim destacaram-se nesse processo. Esse último caracterizou-se por uma postura mais radical e revolucionária, enquanto o primeiro procurou articular os vários interessados na derrubada do Império com o objetivo de fazer uma transição o menos violenta possível.
Bocaiuva, ao lado de outro jornalista republicano, Aristides Lobo, foi, então, um dos principais
responsáveis pela união dos interesses que almejavam o fim do reinado de Pedro II, tanto de
militares e fazendeiros quanto de revolucionários republicanos. Em meados de 1889, após os
membros republicanos do Parlamento terem rejeitado as propostas reformistas de Pedro II, que
pretendia conservar-se no poder, Bocaiuva e Aristides Lobo começaram suas articulações e, em
novembro, associaram-se ao Marechal Deodoro da Fonseca, principal chefe do exército brasileiro,
e prepararam o golpe que foi dado no dia 15.
Após a Proclamação da República, Deodoro confeccionou uma notificação que foi encaminhada à
família real, cujo conteúdo ordenava a saída do imperador e sua família do país.A família real seguiu rumo à Europa no dia 18 de novembro. Neste momento após 67 anos regido por um Imperador autoritário e cheio de poderes, o Brasil respirava novos ares como uma nova República, tendo Marechal Deodoro da Fonseca como presidente provisório, que seria supostamente substituído por presidentes eleitos pelo voto direto popular. E assim pode-se dizer que a República foi um consolidador da democracia Brasileira, que segue até os dias de hoje. O processo da
passagem do Império à República já foi largamente estudado por historiadores, desde o fim do
século XIX até os dias de hoje. O impacto desse evento na época está bem documentado e revela o
caráter de quase incredulidade da maior parte da população, princialmente da capital à época, Rio
de Janeiro, que viu, em poucos dias, o ocaso do Império, como pode ser observado neste relato do
jornal carioca Novidades:
“Todo o movimento social da cidade acha-se paralisado. O comércio em grande parte fechou as
portas. As ruas mais frequentadas estão desertas; raros transeuntes passam, apressados, como
perseguidos. […] O serviço de bondes é feito com grande irregularidade; há longos intervalos no
trânsito dos carros, que chegam aos pontos de estação aos grupos de cinco e seis. […] O pânico
anda no ar e nas consciências.” (Novidades [jornal]. Rio de Janeiro, 15 nov. 1889

                                             O jornalista Quintino Bocaiuva foi um dos principais articuladores do golpe de 1889

Hino da República
Letra: Medeiros e Albuquerque
Música: Leopoldo Augusto Miguez

Seja um pálio de luz desdobrado,
Sob a larga amplidão destes céus.
Este canto rebel, que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperanças de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

Nós nem cremos que escravos outrora

Tenha havido em tão nobre País..
.
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar !

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou neste audaz pavilhão!
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder,
Mas da guerra, nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!



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