O LIVRO

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Nossa História - Quintino Bocaiuva - Personagem da Proclamação da República do Brasil

Quintino Bocaiuva


   O famoso jornalista e político Quintino Bocaiuva nasceu como Quintino Antônio Ferreira
de Sousa, no município de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, no dia 4 de dezembro de
1836, e aos 24 anos de idade veio para a cidade de São Paulo, para estudar na
Faculdade de Direito de São Paulo, no curso de Humanidades, em 1951, ao mesmo
tempo começou a trabalhar como tipógrafo e revisor do jornal do Partido Liberal chamado
O Ipiranga, mas mais tarde teve de abandonar os estudos por falta de recursos.
   Como estava muito na moda naquela época, Quintino adotou um nome nativista,
passando a assinar como Quintino de Sousa Bocaiuva, e depois por apenas Quintino
Bocaiuva para mostrar suas convicções às raízes culturais brasileiras nativas escolhendo
Bocaiuva, que é o nome de palmeira conhecida por macaúba ou coco-de-catarro que é
encontrada em todo o Brasil. Também foi iniciado na Maçonaria e passou a defender as
ideias contrárias ao positivismo, que é um conceito que nega à ciência qualquer
possibilidade de investigar a causa dos fenômenos naturais e social, opondo-se ao
racionalismo e ao idealismo, que foi amplamente propagado por Augusto Comte no século
XVII.
   Depois retornou ao Rio de Janeiro e passou a trabalhar no jornal Diário do Rio e
posteriormente em 1860, passou para o Correio Mercantil, onde permaneceu por quatro
anos. Logo passou a ficar conhecido por ser um defensor ardoroso dos ideais
republicanos.
   Mais tarde, Quintino Bocaiuva e o mestre maçônico Saldanha Marinho formaram o Clube
Republicano no Rio de Janeiro, e em 3 dezembro de 1870, quando Salvador Mendonça
fundou o jornal A República, Quintino Bocaiuva e Joaquim Saldanha Marinho publicaram
no primeiro artigo do jornal, o Manifesto Republicano, com o ideal de derrubar a
Monarquia e assim estabelecer a República Federativa do Brasil. Por essa época também
passou a ser cognominado por seu contemporâneos como “O Príncipe dos Jornalistas
Brasileiros”.
   Após um comício em 27 de fevereiro de 1873 festejando a implantação da república na
Espanha o jornal começou aos pouco a cair no esquecimento e parou de circular
definitivamente pouco tempo depois, mas Quintino não abandonou a luta e foi trabalhar
no jornal O Globo, onde permaneceu até 1883. Depois foi trabalhar no periódico matutino
do Rio de Janeiro, fundado pelo imigrante português João Jose dos Reis Júnior, onde
exerceu o cargo de redator-chefe de 1885 até ao início do século XX, um jornal que
exerceu uma grande influência nas campanhas republicanas brasileira.
   Também fez importantes aproximações com personalidades como Benjamin Constant, Botelho
de Magalhães e Marechal Deodoro da Fonseca, entre outros. Em 15 de novembro de 1889, foi
proclamada a República do Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do
Império do Brasil, pondo um fim à soberania do imperador Dom Pedro II. Nesta data o marechal
Deodoro da Fonseca foi empossado como presidente da república, tendo como vice-presidente
o marechal Floriano Peixoto e como ministros Benjamin Constant, Botelho Magalhães, Quintino
Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo
Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.


   Como político Quintino Bocaiuva foi Ministro das Relações Exteriores, negociou o Tratado de
Montevidéu, assinado em 25 de janeiro de 1890, entre a Argentina e Brasil, tratado esse que
visava solucionar a Questão de Palmas, onde a Argentina reivindicava a região Oeste dos
atuais estados do Paraná e de Santa Catarina, pretendendo estabelecer as fronteiras pelos rios
Chapecó e Chopim, entre outras negociações. Em 1890 elegeu-se senador, mas renunciou
após a promulgação da Constituição de 1891, época que retornou a sua atividade jornalística,
mas em 1899, candidatou-se novamente e foi eleito senador novamente e presidente do Rio de
Janeiro, algo muito semelhante a governador do Rio de Janeiro. Retornou em 1903, para assumir a presidência do Partido Republicano Conservador, onde ficou até sua morte, em 11 de junho de 1912, no Rio de Janeiro, aos 75 anos de idade. O bairro onde ele morou, que era a região que pertencia a freguesia de Inhaúma, recebeu o nome de Quintino Bocaiuva, em sua homenagem.

 Fontes Bibliográficas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quintino_Bocaiuva
http://educacao.uol.com.br/biografias/quintino-bocaiuva.hthm
http://www.algosobre.com.br/biografias/quintino-bocaiuva.html
http://www.hc1960.org.br/Paginas/Quintino_Bocaiuva.htm

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